tag:blogger.com,1999:blog-78694261756574457862024-02-20T07:28:46.451-03:00Elo AmareloNathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.comBlogger105125tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-86527415072696757582015-09-09T18:16:00.001-03:002016-04-06T16:44:55.642-03:00Céu claro de inverno <p dir="ltr">Pro meu Border Collie</p>
<p dir="ltr">   Naquela manhã  quando nos deitamos em silêncio, para não despertar o tempo e fazer com que ele passe, nos abraçamos o mais próximos possível e enquanto eu corria as pontas dos dedos pelo seu corpo, meus olhos estavam abertos acompanhando-os. E eu não fazia um mero carinho que qualquer ser afetuoso seja capaz de dar e receber. Eu estava tentando mapear suas constelações  de pintas e sardas. Decorando a posição  de cada vírgula e ponto final conferidos a seu corpo para eu não tropeçar nas palavras uma próxima vez. <br>
   E se são constelações, sei que o universo nunca para de expandir-se. Seria então uma bobagem tentar mapear. <br>
   Mas quando ficamos assim entorpecidamente unidos e sem pensar em mais nada, tenho certeza de que a Terra não está se movendo no espaço, até que me provem o contrário. </p>
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-29116379061564452942015-05-07T13:14:00.001-03:002016-04-06T16:45:40.589-03:00Estrelas são fantasmas<p dir=ltr>"Fazia muito tempo que eu não tinha vontade de sorrir para nada nem para ninguém, então era extraordinário que ele conseguisse perturbar assim os cantos de meus lábios".<br>
  E fazia tempo que eu não sentia esse torpor bifásico oscilante entre meus versos preferidos de "death and all his friends" e um desespero sufocante, que embora durasse umas horas, eu media todo seu infinito. <br>
  Sei que ando não gostando de muita coisa, ou de coisa alguma, ou dizendo nada, e de repente, tudo. Sei que aqui nenhum rebuscamento é capaz de esconder o cerne das palavras. Olhos treinados. Sei que não devia me mostrar tanto ao ponto de ser interpretada. Mas me desnudaram de uma forma interessante. E decoraram cada detalhe, cada cicatriz. <br>
Sei que olhar para o céu é como olhar para o passado. Milhões de luzes que só existiaram anos atrás não têm me dito nada, ultimamente. E como poderiam? <br>
  Ainda espero, então,  as anti luzes pra onde olhar a fim de ver o futuro como quem vê uma peça teatral, mas a natureza não nos dá certos privilégios. Antes, os damos nós. E nos arrependermos. E desarrependemos. E tentamos nos manter fiéis a nós, mas a mente é uma trapaça. <br>
  O que nos mantém no chão não é mais a gravidade, tampouco convicção. Mas a busca efêmera por sentido. Um sentido que nem sabemos se existe. Que é como um fantasma que ouvimos soprar, mas pode ser só a janela.<br>
Porém, todos vivemos num mundo sem ventos de esperança, querendo acreditar nas almas penadas que conhecem além do Além onde vivem. <br>
Faz pouco tempo que até as poucas coisas que eu ainda gostava começaram a se desfazer. </p>
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-66487465361425239732015-04-12T21:38:00.002-03:002016-04-06T16:45:40.632-03:00HojeHoje estou ouvindo Rock velho.<br />Hoje quis comprar a caixa com o chocolate amarelo.<br />Que não é minha favorita, mas<br />Quis pegar a estrada de novo, hoje.<br />Queria ver sua cara de bobo, hoje.<br />Mesmo sem as tradicionais listas e pautas.<br />Mas é que, hoje foi dia de sentir sua falta.Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-49155451106936771352015-03-28T03:30:00.001-03:002016-04-06T16:45:40.614-03:00Monó(volta)logo interior<p dir=ltr> Me pergunta se acredito nessas coisas. Como se no fundo não acreditasse também. Ora, por que brincar de negar certas evidências?<br>
Se o orgulho, como muito foi dito, é uma particularidade minha,entenda que seu braço não é tão difícil de dar a torcer. E mesmo que minha influência não seja negativa, você pode acatar às vezes. <br>
Já não está farto de ler meus pensamentos? Pois isso está ficando cada vez mais fácil. Leia, portanto, meus olhos, que dançam fugindo dos seus. Não porque não se gostam, mas por medo de adormecerem para sempre, contaminados por esse sono bêbado que carrega dentro deles. Essa calma risonha que por um segundo mata minhas preocupações. <br>
E é tão engraçado quando tenta fazer piadas sobre amor, enquanto eu rio levando a sério, e mesmo assim nunca usei essa palavra. Ainda estou esperando que suba para minha cabeça, na corrente sanguínea, todos os caquinhos de amor que há muito se espalharam pelo meu corpo a fim de eu conseguir me mover em volta de tudo isso. <br>
E mesmo que essa piada tenha sido péssima, Senhor Exclusivo, pela primeira vez me sinto mais boba que você. </p>
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-92202965151885485452015-02-21T23:18:00.001-03:002016-04-06T16:45:40.652-03:00Horário de verão<p dir=ltr>Onze horas de novo<br>
E eu te espero voltar do banho <br>
Pra te perturbar com um jogo <br>
Um pequeno tempo ganho<br>
E eu nem acho mais estranho<br>
Dar um sorriso do seu tamanho<br>
Quando faz algum comentário bobo<br>
Mas olha, são onze horas de novo. <br>
</p>
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-87931161878709452532015-02-18T00:12:00.001-02:002016-04-06T16:45:40.649-03:00Plenitude<p dir=ltr>(Para o Sr. Exclusivo e exército.)</p>
<p dir=ltr>É quando você se sente estável, mesmo num barco que flutua em caos. <br>
É quando você se alegra em não encontrar motivos para não se alegrar. <br>
E, principalmente, quando da janela você vê uma estrela cadente passar e só sorri de volta. </p>
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-12462326976169640832014-09-30T01:22:00.004-03:002016-04-06T16:45:40.570-03:00Serb <div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Consolas; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR;"> </span><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"> Não seria
suportável permanecer em casa à noite. Possuía um espírito inquieto, ou seria a
mente? <br />
Perambulou pelos becos úmidos pintados
de urbanismo europeu. A fumaça do Lucky Strike se misturava com a serragem. O
cigarro o ajudava a se manter aquecido. Como sempre foi de poucas palavras, não
sentia falta de companhia, mas o que lhe faltava falar sobrava em pensar.
“Overthink” era como gostava de chamar esse comportamento. <br />
Os fones de ouvido lhe tocavam a barba
por fazer, e deles saíam confusões líricas murmurando rimas pelo silêncio da
cidade àquela hora. <br />
Seus olhos verdes pareciam entorpecidos
pela paralisia do momento, quando na verdade enxergavam por dentro. Iluminavam
aqueles tantos pensamentos profundos demais para alguém tão aparentemente pouco
complexo. Darko não deixaria transparecer suas camadas. <br />
Apesar de toda paz e leveza que transmitia,
quando sozinho e sem exercitar sua gentileza nata, ele passaria despercebido. E
essa solidão que o fazia pensar. E ele pensava além do compreensível. Ele
pensava coisas que ninguém pensou antes. E às vezes, aquele rosto que um dia
tanto importou habitava ainda seus pensamentos. E quando isso acontecia, ele
não poderia segurar um sorriso discreto. E ia pela noite caminhando (ele adora
caminhar). E caminhando e sorrindo enquanto soltava fumaça branca pelo canto da
boca. Cercado de paredes molhadas de sereno. Ele se prolongava por horas, na
ausência do Sol. E essa rotina não era nada triste. Triste talvez fosse lembrar
o quão longe estava aquele rosto contornado de cabelos pretos. Mas tudo bem,
pois ainda era uma tristeza que o fazia sorrir.<br />
Darko não podia reclamar da vida, quando
se lembrava de tudo que já havia passado. O trabalho ia bem, há alguns meses
havia alugado um apartamento moderno nos arredores de Belgrado. Talvez a única
coisa que lhe fazia falta fossem as longas noites dos fins de semana no
interior urbano de Kragujevac, e o fato de não ter de se enfiar num terno
engomado na manhã seguinte. E enquanto sentia essa saudade, ele percebeu que
agora era jovem, mas não um jovem completo. Ele sentia que a vida era como um
Lucky Strike aceso, e cada etapa, um trago. Darko era um jovem cansado, como um
velho. Que pensava demais. Que morria um pouco a cada dia, entorpecido pela
necessidade de se sentir grato e feliz. <br />
Já a poucos passos de casa, acendeu uma
segunda vida, e mais uma vez o rosto de sorriso torto piscou entre seus
pensamentos e ele se se encostou num portão qualquer para olhar as estrelas,
como ele costumava, anos atrás, quando era um ritual esse ato, pois ajudava a
refletir sobre ela, o maior de seus enigmas. O que ela estaria fazendo? Que
horas são onde ela está? Darko não conseguia se lembrar da diferença do fuso.
Tampouco dos tempos de horário de verão. Ele sentia falta de toda essa informação,
e olhando para o mindinho esquerdo, deixou sair fumaça com um sorriso frouxo. Resolveu
não se concentrar em reclamar daquilo também, do que passou, mas por algum
motivo apagou o cigarro nas grades do portão (talvez porque gostasse das faíscas
laranja) e seguiu para casa a passos largos com a certeza de que ao chegar tentaria
uma aproximação, de que recomeçaria um contato, apesar das possibilidades. <br />
Dormiu pouco depois de chegar em casa.
No sofá, em frente à TV ligada. Nem se atreveu a pensar no que destruiu suas
esperanças. Mas naquela noite, sonhou com um fio escarlate que cortava a terra
entremeio estrelas alaranjadas, como as faíscas do Lucky Strike. E o rubor
repousava a meio mundo dali, como um chamado inconsciente de quem também sentia
sua falta.</span><span style="font-family: Consolas; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-42309711009624786822014-09-23T02:09:00.001-03:002016-04-06T16:45:40.608-03:00Tri<p dir=ltr>   Sair por aí dizendo que a montanha russa está indo pra cima nunca pareceu tão certo. Não por estar convicta de alguma grande felicidade. Mas quem habita os trilhos sabe como se comporta um vale. Depois de um tempo, você só pode subir. <br>
   E dá um arrepio quando eu olho pra trás, e talvez um susto quando penso que estou cada vez mais longe do último ponto: <br>
   O vale da montanha russa, a velha zona de conforto, onde eu, na covardia do conformismo, cogitei a ideia de ficar pra sempre. Sem altura, sem medo, sem riscos. Mas não foi pelo vale que paguei o brinquedo. Mas pela velocidade dos pensamentos, as subidas de níveis e os loops das situações. <br>
   E talvez eu até dê uma segunda volta passando por aquele lugar sem graça pra pegar impulso. Mas uma vez ciente de três outros trechos ora perigosos, ora empolgantes, acabo torcendo pro tempo acabar antes da descida. </p>
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-23686324578384101362014-06-28T00:58:00.001-03:002016-04-06T16:45:40.583-03:00InconscienteRecentemente percebi que tenho<br />Mais roupas cinzas do que eu pensava.<br /><br />Feliz Aniversário.Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-19066405399168808972014-04-27T22:04:00.000-03:002016-04-06T16:45:40.580-03:00Earl Grey Naquela época eu bebia muito chá. Talvez um hobby herdado de Alice, sabia todos os cheiros e cores e acompanhamentos, mas isso não se esquece. E também lia muito, a fumaça doce vinha sempre com o regozijo de alguma prosa poética de Lewis. E como era de certo bem aproveitado o tempo livre. No aguardo do que havia de vir, no aguardo do agora que ainda não existia.<br /> E entre páginas e xícaras, a melanina escassa dos olhos se perdiam por entre paisagens a serem registradas, eternizadas como que cheias de significado. Era o que eu buscava: Significados.<br /> É estranho pensar em como parecia ser um alvorecer, tudo aquilo, qualquer faísca de satisfação, tão facilmente obtida, tanta inspiração interna que sem aviso, se esvairia. Toda novidade tem seu preço: acabar um dia, ou simplesmente seguir o curso mais óbvio da metamorfose, que é deixar de ser novidade.<br /> Aquela facilidade ínfima de ver uma beleza apolínea em qualquer mínimo artefato haveria de se sublimar como a fumaça do último saquinho de Earl Grey. Curioso esse chá, que nos desaponta com o tímido sabor, após nos enfeitiçar com seu exuberante aroma.<br /> Curiosa essa vida, saturada de energia ainda que a grosso modo se é comparada à inércia. E depois cada flor, cada livro e cada grão de açúcar, apenas nos passam pela memória como uma foto sem foco, bem diferente das da época. E a percepção das mudanças se assemelham ao despertar de um sono de três anos, em busca da retomada daquele ponto de vista quase esquecido.<br /> Quando penso na ironia do único chá disponível ser chá francês torrado em um minúsculo saco plástico que viajou pelo Atlântico até mim, como um presente, me vem o pesar de usá-lo, para que continue por muito tempo sendo uma novidade, e que eu nunca venha me decepcionar com seu sabor, antes me satisfaça apenas seu aroma, como na vida quando tento buscar sempre um porvir que acrescente, adiando a chegada para que não tenha a decepcionante estagnação como companhia. <br />Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-85007456491495214332014-03-26T00:16:00.001-03:002016-04-06T16:45:40.643-03:00O problema não é meu<p dir=ltr>    Meu problema se faz vasto, assim como minha mente, ela sempre procura vastidão. Procurar vastidão no vazio, um eterno ciclo autodestrutivo, que procura escape para sua iminente explosão, que só é percebida por poucos nos dias de hoje, e sei que em um deserto nunca irei achar uma flor que baila ao meu cantar. <br>
    Como aguentei caminhar por este deserto todo esse tempo, ainda não sei, talvez porque demorei a começar a procurar tais flores, que só agora vieram à tona, só agora se fizeram importantes, só agora são requisitadas por serem a peça chave do quebra-cabeça, que dará sentido à toda confusão e complicação que, por um raro distúrbio conhecido como personalidade, ouso criar.</p>
<p dir=ltr>                                         - Edjar T.</p>
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-31956126148146535412014-03-21T17:30:00.001-03:002016-04-06T16:45:40.592-03:00Ode às girafas de pescoço curto AKA seleção natural<div dir="ltr">
Certa vez pensei ter visto a eletricidade passando por um fio no poste na rua. Foi tão rápido, um relance. Mas seria tão improvável tal fenômeno Thoriano que prefiro acreditar ter sido o reflexo de algum farol. <br />
Como os aviões que quando estão tão longe, pequenos e silenciosos, por um segundinho que seja, pensamos ser cometas. Mas sendo aqui tão perto do aeroporto, os aviões passam tão baixo e tão gordos e barulhentos que eu posso até ler-lhes os nomes das companhias na lateral. Então deixei de acredirar em cometas. E mesmo que esteja vendo um, vou dizer que é só um avião em outra rota, longe. Os aviões graúdos que me acordam de manhã são como a realidade. A realidade pesa e acorda de um jeito incômodo. <br />
Eu muito queria entender quem consegue aderir à realidade por inteiro. Pois eu, mesmo que tenha sido lançada dentro dela, vou sempre ver primeiro no raio de luz atravessando o fio e depois suspirar triste "farol. Não que seja altamente relevante a visualização de um pequeno fenômeno, mas pessoas que visam a fuga da realidade tem uma queda pela quebra da mediocridade. <br />
"Medíocre". Eu sempre usei tanto essa palavra. Tantos anos de excentricidade. Pra agora só acreditar em aviões. Mas o que me restaria, de qualquer forma? <br />
Como aquela vez que pensei ter visto uma faísca de amor nos seus olhos. Foi tá rápido. Um relance. Mas seria tão improvável tal fenômeno platônico que só me resta acreditar ter sido um reflexo dos meus se afogando no lodo insosso que dizem dar acesso à sua alma. E lá dentro eu me afogava em mil questionamentos e charadas e mesmo presa na cor de areia movediça, tentei nos puxar pra fora das companhias aéreas (tão reais!) E te levar a contar os cometas da vida, mesmo que eles não existam. Afinal, as vezes o melhor da vida nem é real. Mas era tarde de mais, pois na verdade seus olhos refletiam um "eu"que você nem sabe se conhece. E a quem você dá faróis. <br />
Talvez você seja uma dessas pessoas reais que só acreditam em avião. Não necessariamente medíocre, mas bem avião. Bem farol. <br />
E isso dá medo.<br />
<br />
</div>
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-36496755849457450212014-03-15T02:15:00.001-03:002016-04-06T16:45:40.602-03:00The last impressions<p dir=ltr> When I woke up your cat was chewing the blanket next to me. <br>
I found it quite fair that he finally shows up he doesn't hate me.<br>
But you know what they say about cats -they feel.<br>
While trying not to bother him, I sat down in bed giving that heavy look around. Minding to catch the last impressions of your bedroom. <br>
First the school hoodie hang behind the door. It just made me remember how we threw beer cans on the school garden the first day I was here. That blue standing there made me giggle a little bit. And then your lamp. We ended up using it a lot the past few days. The globe lamp stopped working. I like to think that the universe didn't bear our first cuddle attempt just because. So the energy spot just blew up. That memory made me laugh out.<br>
Then your computer where I'd rather to stare but your eyes (cause they drown me). And which keyboard I used to fix the position. You'd mess it up again just to prove me insane. <br>
Then your bed. Where we'd stand awkward but last night. Many things happened there. Head leaning on shoulder, hugs, awkward hugs, tight hugs, surprise hugs, bites, kissing, laughs. I even like the smurfs now. <br>
You were sleeping softly when I looked at it. And I saved in my memory. Your sleep. Your pale face lying sweetly on the green pillow. That trouble maker face that tricked me all the time.<br>
I thought I'd cry my ass out when time to leave came, but not. I probably didn't assimilate yet. That you're further with each minute of today. <br>
But now all I can see is this road taking me home. Taking me back to reality. Taking me away from you once again. <br>
And I hate it. I hate it. I hate it...</p>
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-60748933352992320002014-02-24T03:46:00.001-03:002016-04-06T16:45:40.620-03:00Wanderlust<div dir="ltr">
(Para o Luis, Lulu, Yuyu, LuiS2 que gosta tanto dessa palavra que poderia lambê-la como um picolé)</div>
<div dir="ltr">
Permita que eu faça o discurso pedante porém sincero sobre minha recente necessidade. <br />
Permita que eu tente explicar a vontade de sair. Sair daqui. Como já havia saído um dia de lá, e ao sair de mim, que eu me encontre em outro lugar. <br />
Ou não encontre. Talvez seja melhor encontrar a outros. Ter outros, ser outros. Sair um pouco do "eu". <br />
E que nessa wanderlust física e mental eu possa absorver o colorido de todos os horizontes de sons e ventos que eu até então não havia sentido. <br />
Que eu possa encontrar um lugar para gritar sem que ninguém me ouça.<br />
Que eu possa encontrar quem seja completamente diferente de mim para que eu precise de forças para entender<br />
Que eu possa tocar o por do sol e farejar a felicidade. <br />
Que eu possa esquecer o motivo pelo qual quis viajar e me lembrar de um futuro que ainda não aconteceu. </div>
<div dir="ltr">
Que eu possa pular numa poça de alegria e molhar quem estiver por perto. <br />
Que eu possa experimentar sentimentos exóticos como se fosse comida tailandesa.<br />
Que eu possa tomar decisões num piscar de olhos. <br />
Que eu possa ver borboletas e flores no caminho. <br />
Que hajam caminhos. <br />
Que eu possa trazer de volta o que não cabe em nenhuma mala. <br />
E que eu possa deixar por lá o que eu não mais precise.<br />
Porque no fundo, toda viagem é pra fugir. E que eu possa voltar segura trazendo um novo mundo em mim. </div>
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-14436200291185392342014-02-18T04:02:00.001-03:002016-04-06T16:45:40.574-03:00Enfeveirada A vida deve ser mesmo cheia desses momentos grotescos de mudanças. Pra melhor, pra pior, pra diferente. Mudanças que nos obrigam a pensar em tudo de um ponto de vista egocêntrico. Não egoísta, mas fazem olhar para dentro. A vida exige que pensemos só em nós por pelo menos uma vez. Que façamos limpezas, que expiremos positividade. Não positividade surfista, mas uma bem real, uma que funcione. Que não seja só falada, mas sentida. Que disperse cada medo recente, cada remorso errado, cada preocupação com o insolucionável.<br />
A mudança em questão exigiu um pouco mais de mim do que nunca. Como se eu me pedisse uma fuga, um vazio, um recomeço. Aflorou-se então uma necessidade de deixar ir, de desapego (talvez motivado pelo amigo que martelou essa ideia em volta de mim todo o fim de semana), de abstinência necessária, da busca nostálgica pelo "como eu estava nessa mesma época, anos atrás" e por incrível que pareça, e parafraseando o que um dia li num desses sites esotéricos, cada ser tem sua época do ano para fazer um balanço e providenciar uma diferença que seja na percepção ou ação. <br /> Dessa busca pelos meus passados fevereiros e marços, uma recapitulação do início de singelas relações aflora a vontade de dizer para cada pessoa o quanto ela é importante e quão peculiar a vida foi ao proporcionar tais encontros, de certa forma.<br /> Além de retomar o passado, essas mudanças no meu próprio eixo abrem gigantescas expectativas para o futuro, dando a impressão de que tudo ficará bem. Não de uma forma enganosa, mas principalmente, talvez, porque foi seguida à risca a instrução de deixar que tudo de mal fosse embora. Mesmo que beliscasse um pouquinho pra sair, mesmo que às vezes arda, foi arrancado, e não volta. <br /> E a previsão é de montanhas verdes e barulhos de cascatas com longas caminhadas cheias de palavras felizes ou de confortável silêncio, mas vazias de preocupação. E tudo que almeja no momento é se perder por entre as trilhas de cabelo cor de palha e sorrisos tímidos. Por entre cidades de pedra ou de papel. Ou de tesoura.<br />
<br />Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-28158847619671931432014-02-12T03:27:00.001-02:002016-04-06T16:45:40.586-03:00Confissão urgente (3h da manhã)<p dir=ltr> Ai, é triste como sempre me dá uma vontade de você essa hora. Quando você já foi. Vontade de ficar conversando com você sobre coisas bobas e coisas nossas. Que só a gente vai entender ou achar interessante. Vontade de fazer alguma piada maldosa sobre você, que se vinga com cócegas (ou falando mal do Mika). Vontade de deitar do seu lado e te olhar com um sorriso bobo que eu sei que faço quando olho pra coisas que eu acho incríveis. E depois de me achar boba demais por só te olhar, pegar no seu cabelo, devagar, como se estivesse dormindo e eu não quisesse te acordar. E te beijar mesmo sem você pedir. Mesmo sem saber se você quer. Só pelo fato de eu querer. Vontade de poder te acordar agora no meio da noite só pra te dizer tudo isso. Pra dizer mais uma vez o quanto eu te amo. Porque cada vez é diferente. E essa diria "eu escolho você pra me fazer ter essas vontades. Eu escolho você pra me dar paz e me fazer feliz".</p>
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-34726812230847382502014-01-23T04:31:00.002-02:002016-04-06T16:45:40.595-03:00Here's to Alice<p dir="ltr">    This is about what <a href="http://lingeredupon.blogspot.com.br/">Alice</a> taught me.<br>
    Alice taught me that it doesn't matter what you intent to do, you must always go for what you love to do. It doesn't matter what career you expected yesterday, or what others expect from you. You can stop doing anything and go for what you really love.<br>
    Alice taught me that sometimes you need to visit your home place. Not for people, not for obligation. Just for visiting. And shoot photos.<br>
    Alice taught me that there's a day in life when you grow up. No matter what it looked like in your head before, once you grow, you must change. Change people, change your hair, change your place, change your boyfriend. And you can even miss the ungrown life, but can't go back.<br>
    Alice taught me that you can make real money doing what you love, cause you gonna do it good. And people gonna like it, and pay for it, and see the bright in your eyes and be sure they can count on you for doing it.<br>
    Alice taught me how good is eating. Just eat. Food is beautiful. Food is magic. Food is a lifestyle.<br>
    Alice taught me that once you love a place, you become part of it. You have not your face anymore. You've got NY's face. Or L.A's face. Or China's face. Or Rio's face.<br>
    Alice taught me... Coffee.<br>
    Alice taught me how good can be being organized.<br>
    Alice taught me how cool could be running a blog.<br>
    Alice doesn't even know me and could probably be scared if she did now.<br>
    All Alice ever said to me was "Thank you very much".<br>
    And how funny can it be, when I'm who actually have so much to thank for?</p>
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-85256858352197005272013-11-30T22:26:00.000-02:002016-04-06T16:45:40.646-03:00RebuscamentoPerdi-te como o cálcio dos ossos<br />Parti-te o coração e o meu<br />Vaguei só por moços e remorsos<br />Busquei noutros, olhos como os teus<br /><br />E dentre noites quentes e doentes<br />Gritei ao vazio mil promessas febris<br />Verti da alma cantis de lágrimas ardentes<br />Pois certamente não seria mais feliz<br /><br />Em meio a tempestuosos pesadelos<br />Ecoava o terror que de ti ouvi<br />Te perderia por entre outros cabelos<br />Enquanto embaraçava o amor que havia em mim<br /><br />Tu que perdido estás a algum tempo<br />Nos emaranhados que minha vida já formou<br />Permite tu que eu te ilumine num momento<br />Quando o vejo cego de dúvidas por quem sou<br /><br />Se na busca por ti eu me perder,<br />Me perdoe se perdidos sentem dor<br />E se demasiado rebuscado parecer,<br />Pois que noutros séculos não sentiram tal amor.Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-17886538727830153722013-11-23T00:39:00.000-02:002016-04-06T16:45:40.577-03:00Silver lining Quero falar do vazio. Do gigante, que não fecha, que não cessa. Não quero falar de amor, ou de ódio ou de indiferença, só o vazio que não vai, que me cai.<br /> Que sempre esteve aqui e sempre estará, que pulsa e aperta e venta. Que nada cabe, nem ninguém. O buraco sem fundo que não tem tampa. Que não é janela, que não dá resposta, nem tem outro lado.<br /> A grande tristeza, que nem é triste, que é oca, sem ar, sem temperatura. Entorpecência que me acompanha lado a lado pela vida e que às vezes me dá "oi". Só pra eu saber que ainda está ali, só pra brincar de inspiração, só pra ter certeza de que me é confortável, que eu sinto falta, que eu sigo à risca uma frase boba que li de uma entrevista desinteressante. "Felicidade demais cansa". E assim, até cavo o próprio vazio só pra me esticar pra fora e sair pra respirar depois. Sair e escrever bonitinho alguma coisa.<br /> O auto-flagelo que todos deviam tentar, mas me olham torto quando tento explicar. E esse buraco que nem é negro, mas acinzentado com as bordas douradas, como o sol, eu o utilizo muito bem. É como ter um próprio sol, mas só me bronzear às vezes, quando me canso da felicidade fresca. Que uso pra me iluminar as ideias. Mas por que não ter boas ideias na felicidade? Porque aí não falta nada. Felicidade dá essa sensação empanturrada de que não cabe mais nada.<br /> Vomitar essa tristeza abre espaço pra inspiração. É como uma meditação. Quem usa, entende. Nem adianta falar de humor. É só um vaziosinho do bem. É amigo e não faz mal. Mas o sintoma é ficar quieto, calado, doendo pra rir, querendo produzir. Quem produz, meio que precisa. E quem tem, tem que saber usar. <br /> É quase um dom, gostar de um aperto assim. Conseguir lidar com a falta de sentido que pousa leve como uma borboleta, fica ali machucando e ajudando, por umas horinhas e depois voa de volta pro esquecimento.<br /> Falo disso porque acontece. Agora. E não dá pra sentir nada enquanto acontece. Nem amor, ou ódio, ou indiferença. Só o vazio que não vai e que me cai.Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-35358051059065506952013-11-20T23:53:00.004-02:002016-04-06T16:45:40.599-03:00Eu AstronautaSaiu por aí, atmosfera afora<br />
Com seu traje... Espacial ou especial?<br />
Girando o "mundo" sem demora<br />
Sozinho, vagando entre estrelas e saudades.<br />
"Meu cachorro na varanda"<br />
"Minhas tardes... Meus amores"<br />
E só lhe restava o nada, o tudo,<br />
Um universo incondicional<br />
Cheio de saltos e cambalhotas.<br />
E no meio de tantas piruetas intergalácticas<br />
Virou artista num picadeiro sem fim... Enfim,<br />
Voava por aí, entre ruas e luas,<br />
Sonhando... Lembrando,<br />
Do tempo em que orbitava por teus cabelos.<br /><br />- Lucas BernardoNathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-49299453630302181622013-11-20T02:09:00.000-02:002016-04-06T16:45:40.618-03:00A viagem dos Beija-floresAs certezas que pensei ter tido<br />
Os amores que acreditei ter sentido<br />
Todo fôlego que eu havia perdido<br />
Foram páginas de um livro não lido<br />
<br />
Mas foi ao tentar partir a flor<br />
Me cortar e então ver o rubor<br />
Descobri que fosse como for<br />
Ainda me sangrava amor<br />
<br />
Nessa tarde mal planejada<br />
Sonhava pesadelos acordada<br />
Dando a vida como acabada<br />
Secava uma lágrima desajeitada<br />
<br />
Mas veio rápido como um vulto<br />
Um entrelaço que causou tumulto<br />
Expôs o antigo sentimento oculto<br />
Que de tanto penar, tornou-se adulto<br />
<br />
E rasurando a página do fim<br />
Toda vez que você me abraça assim<br />
Nascem flores dentro de mim<br />
Sou um beija-flor que encontrou seu jardim.Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-47745218460889356562013-11-15T22:39:00.003-02:002016-04-06T16:45:40.611-03:00Proclamação da República "Ou eles saem, ou saio eu."<br />
E com essa certeza, levantou carregando preguiça até os fios de cabelo molhados. E após mais alguns minutos de enrolação, e de calçar o converse branco sem uma das palmilhas, saiu sem rumo, exatamente, com os fones de ouvido estourando um pós punk qualquer, só pra não ouvir o som da rua, só pra dar tempo de criar mil roteiros perfeitos que nem vão acontecer no final.<br />
Um desses dias que você sabe que não está com uma cara boa, que não vai sorrir por conta própria. Esses feriados que caem no dia errado e deixam a rua vazia que nem o coração.<br />
Foi então pro cinema, que compensava o deserto das ruas, parecia um formigueiro infernal. Já com o desânimo palpitando nas veias, nem percebeu que seus pés entraram na fila que parecia uma centopeia falante. Desculpa para conseguir mais tempo de pensar, de se acalmar, ou de ficar pior. Morrendo de ansiedade, como sempre acontecia em público de desconhecidos, ou simplesmente quando precisava esperar por qualquer coisa, foi seguindo passo a passo a multidão que não ouvia. Fones.<br />
Entre um "esgotou" e outro que os atendentes gritavam, resolveu checar a programação já que estava lá, seguindo a linha curva sem destino.<br />
E o azar foi tentar ver uma estreia ainda à venda. Depois de meia hora de sangue fervendo, refluxo, vontade de empurrar meia dúzia de adolescentes anencéfalos, chegou ao caixa que anuncia o esgotamento da tal sessão.<br />
"Okay, o que tem pra amanhã?"<br />
Contendo uma lágrima de desapontamento com a vida, visualizou a tela cheia de numerinhos não-verdes, quase todos. Quase se esgotando também. Quis jogar o monitor no chão e pisar em cima até não sentir mais as pernas.<br />
"Domingo, então..."<br />
Quis comer alguma coisa, a praça de alimentação em outro andar. Fechada. Feriado, feriado, FERIADO!<br />
Volta pro andar do cinema pra loja de conveniências, pisando a escada rolante como se fosse uma das paradas. A raiva havia enchido o estômago.<br />
"Ninguém consegue ser mais infeliz que eu."<br />
A coisa mais certa que já havia pensado. Não com raiva ou real angústia, só uma acomodação, uma aceitação. Há quem nasce pra ser feliz e quem, bom...<br />
Voltar pra casa nesse humor com uma coca e um ingresso pra dali a dois dias nunca seria garantia de realmente assistir alguma coisa, mas quis botar na cabeça que não havia saído à toa, isso era importante.<br />
Terminou a noite achando na tevê a gravação de um show do ano passado, que planejou ir, mas não foi. E ali, verificando o que perdeu, desejou mesmo é que tivesse perdido o dia, esse completamente desnecessário da vida.<br />
Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-61179792105142152772013-11-04T02:17:00.000-02:002016-04-06T16:45:40.625-03:00A facilidade que escolhi Quem dera fosse difícil amar.<br />
Quem dera fossemos pedras secas de onde se sobe o pó e reluz o sol, impenetráveis e imutáveis, foscas e ranhosas. Seria tão mais simples, tão mais prático, talvez.<br />
Mas, não. Amar é fácil, quando vemos já aconteceu. Quando vemos já estamos sorrindo sozinhos, dando bom dia pra estranhos e fazendo planos com alguém que passou a significar mais que nossos próprios planos secretos e solitários.<br />
Não mais secretos, tampouco solitários.<br />
Quando vemos, estamos gritando que nosso amor é maior que todo e qualquer amor já confessado nesse mundo, maior também que os que ainda serão sentidos, escondidos ou declarados. E por mais que todos os amantes possam dizer o mesmo, no fundo continuamos pensando que só o nosso é assim tão grande. É tão bobo.<br />
E é tão difícil ser então essa pedra esperta, inteligente e incapaz de amar, que você se esforça, nega, tenta não sorrir, não pensar. É difícil não amar. Você precisar dizer muitos "não quero" e "não posso" que talvez não existam. Você precisa criar tantos problemas imaginários. Você precisa acreditar que é bom ser tão duro assim, com aquele olhar cansado de quem não dormiu por lembrar de quem não se ama, porque não ama!<br />
Fácil é confessar que depende de alguém pra estar bem, que você não vive mais só por si. Que os problemas que você inventa, até que existem, mas são irrisórios perto daquilo que você se nega a sentir.<br />
O amor é fácil como se deslumbrar com a natureza após soprar um dente de leão, como gostar de pisar no chão de madeira que não conduz calor, numa noite fria. E é leve como chá de bergamota numa tarde de chuva.<br />
Difícil é negar pra si mesmo a beleza de um pôr do sol quando ele está se escondendo atrás do mar, na sua frente. Ou negligenciar o sono, com suas pálpebras já fechadas. Mas mesmo assim, o amor é descartado. Há quem consiga, há quem se esforce.<br />
E depois de transformado, de blindado, de congelado, seu coração parece feliz, mas está entorpecido pela necessidade que você constrói. Mas sem amar você sabe, no fundo você sabe, que é a vida é como um passarinho e se o amor é brisa, quando venta dói.Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-40468833714622931322013-10-28T02:02:00.000-02:002016-04-06T16:45:40.605-03:00Do passadoQuando se pára de amar, não dói pois pára de importar.<br />
Não que eu queira, não que eu esteja<br />
Mas aconteceu uma vez que eu não gosto de lembrar<br />
<br />
Quando parece tarde pra se arrepender<br />
Não que eu goste, não que eu vá<br />
Mas aconteceu uma vez que eu não gosto de saber<br />
<br />
Quando se perde toda a vontade e esperança de tentar<br />
Não que eu saiba, não que eu faça<br />
Mas aconteceu uma vez que eu não gosto de falar<br />
<br />
E quando enterrei a sorte antes de tudo acontecer<br />
E cogitei por um segundo aprender a te perder<br />
Foi quando acabei de fato assim tão perto de você<br />
<br />
É difícil entender.<br />
Não que eu possa, não que eu tente<br />
Mas aconteceu uma vez e eu não gosto de esquecer.<br />
<br />
<br />Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7869426175657445786.post-72718056350773201502013-10-05T13:34:00.001-03:002016-04-06T16:45:40.635-03:00ÁlvarêzNum rastro de memórias lançado<br />Das que provocam o refletir<br />O que do alheio fora poupado<br />Como seu gosto que ainda posso sentir<br />Ou quando deitados num campo molhado<br />Sentimos a relva nos submergir.<br /><br />Carrego nas córneas a cor dos seus olhos<br />Cinzas queimadas após me incendiar<br />Carrego nas mãos seus beijos simplórios<br />Dotados da regalia de me arrepiar.<br /><br />Mas o que esperar senão desesperança<br />Pensando no porvir por lhe ver?<br />Guardar é o que resta, a mais secreta lembrança<br />Contendo na alma a ânsia<br />Trêmula que me acompanha para novamente lhe ter.Nathaliahttp://www.blogger.com/profile/09539066995894649945noreply@blogger.com0