Essa pode ser que eu não te envie. Cheguei com o intuito de fazer algo publicável e é o que vou fazer. Carta é muito pessoal (sem falar que minha letra mutante está uma maravilha, pra não dizer o contrário).
Por outro lado, se te escrever, seja do jeito que for, não for algo pessoal, então não sei mais o que seria. Afinal, é pra você que conto minhas ideias mais insanas e planos mais utópicos porque só você não riria e até os compartilha (que maluco!). Pra você que proponho parcerias musicais imaginárias (e composições que nunca terminam também). Conto minha revolta com tudo que não seja pragmático para o crescimento e evolução do Ser-humano (mas não te cobro entender essa frase ao todo). Conto meus sonhos; Até os sem sentido, como o do Matthew Broderick. Reclamo do calor, das festas, das crianças, dos vizinhos, dos insetos, de quase todos os professores... Falo desde teorias políticas até a cor que meus olhos ficaram dia desses... Acho que me fiz entender.
Também não consegui rimar (não desisti ainda, na verdade) essa minha vontade de passar poi aí. É absurda! Não precisa ir se emplumando, pois não é só por sua causa. Essa cidade, apesar de jovem, tem uma carga histórica linda (pelo menos pra mim). E pensar que por toda minha vida tive nojo de Brasília por causa da política e tudo mais... Mas posso ignorar essa parte (ou não... Melhor levar tomates). Você chora querendo vir pra cá, mas não deve saber a sorte que tem.
Pobres leitores do blog, que não sabem como é ter você como
Acho que é só isso. Não vou me despedir porque não é carta. Nem tem aquelas coisinhas com data lá em cima, olha.
Até mais tarde.
P.s.1: Perdão por encher-te com carga literária maior que a de um curso de Direito, mas sei que no fundo você gosta.
P.s.2: Se implorar com jeitinho, te envio esse manuscrito
P.s.3: Que preguiça de ir pra casa! Espero que seu deserto não esteja tão quente quanto meu litoral.
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